sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Olá!

Hoje o post é rapidinho. Não é nenhuma matéria nova. Mas juro que estou preparando. Em breve terá nova publicação. Hoje quero só dar uma dica de dois apps que achei no Play Store sobre metalurgia. Pra quem é curioso, quer estudar em qualquer lugar e tem uma boa base de inglês, vale a pena baixar. Procurem lah:

  • Material Science
  • Metallurgy and Alloys

Não é nenhum Callister, mas tem muita informação útil.

Bom estudo a todos ;)

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

O que é um aço temperado?


Aços são ligas metálicas de Ferro com certas porcentagens de Carbono, que variam de 0,08 a 2,11%. E o aço temperado? Tem adição de sazon? Vinagre, azeite e limão? Nada disso!!! O aço temperado é aquele que sofreu tratamento térmico de têmpera, processo esse em que o aço ganha extrema dureza. O aço mais duro que podemos obter é um aço temperado. Vamos detalhar melhor.

Primeiro, o que é um tratamento térmico? São operações de aquecimento e resfriamento controlados de certo material, que têm por objetivo alterar alguma propriedade do mesmo, modificando somente sua estrutura, sem afetar sua composição. O fator que afeta mais um tratamento térmico é a velocidade de resfriamento. No caso da têmpera, o aço é aquecido a temperaturas acima de 727ºC (chamada de temperatura eutetóide) e resfriado rapidamente



Se sofresse um resfriamento lento, o Carbono formaria ferrita que tem estrutura cristalina CCC (Cúbica de Corpo Centralizado), como a mostrada na figura acima. Essa estrutura só dissolve até 0,02% de Carbono. Todo o restante de Carbono presente precipita na forma de cementita. Como o resfriamento é rápido para que ocorra a têmpera, o Carbono não precipita, mas fica aprisionado na estrutura cristalina da ferrita. Como a quantidade de Carbono é muito maior do que a estrutura suporta, ela acaba sendo deformada e tensionada. Por exemplo, um aço ABNT 1045 tem teor de Carbono de 0,45% em sua estrutura. O normal em um resfriamento lento seria dissolver 0,02%C na estrutura ferrítica e os 0,43%C restante precipitariam na forma de cementita. Como o resfriamento é rápido, os 0,45% ficam aprisionado no que deveria ser a estrutura ferrítica, mas devido à distorção, ele forma um estrutura TCC (tetragonal de corpo centrado).

Essa estrutura supersaturada de Carbono com altas tensões internas é o que conhecemos como Martensita, que é uma microestrutura muito dura devido às tensões, e é a microestrutura dos aços temperados. Quanto mais carbono o aço tiver, mais duro será o aço temperado obtido.

Desculpem a demora na postagem. Mas espero poder retomar o blog e fazer postagens mais frequentes. Obrigada pela visita e deixem aí suas sugestões. ;)

quarta-feira, 20 de abril de 2016

O que é ferro gusa?


O ferro encontrado na natureza tem características cerâmicas, pois encontra-se ligado ao oxigênio. Para ter características metálicas, é necessário que seja feita a separação do ferro desse oxigênio. Esse processo acontece dentro de um equipamento chamado Alto forno

As principais matérias-primas usadas nesses processo são:
  • minério de ferro;
  • carvão coque;
  • fundente (calcário).

O alto forno é revestido internamente por material cerâmico refratário e externamente por placas metálicas, o que protege contra grandes perdas de calor e mantém a temperatura interna altíssima. 

A queima ocorre devido ao carvão coque, um carvão menos volátil que vai gerar a queima necessária para fundir o ferro e separá-lo do oxigênio. O coque queima apenas com o ar quente que é injetado no alto forno através das ventaneiras. A temperatura ultrapassa 1500ºC e não há aquecimento externo, somente queima interna. 

O fundente, no caso, o calcário, irá se juntar às impurezas do processo e formar a escória que é usada para fabricação de cimento. 

O produto final desse processo é o ferro gusa que é ferro líquido com grande teor de Carbono (até 4,5%) e é o principal produto usado para fabricação de aços e ferros fundidos.

Gostou? Não? Deixa um comentário ; )

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Ensaio de Tração

Ensaios mecânicos são testes feitos nos materiais com o qual podemos verificar ou conhecer suas propriedades. Eles podem ser destrutivos, quando há dano permanente no material após o ensaio, ou não destrutivos, quando não há danos. O ensaio de tração é um tipo de ensaio mecânico destrutivo que serve para verificar a resistência à tração do material e algumas outras propriedades (elasticidade, plasticidade, ductilidade, tenacidade). Para tanto, é necessário um corpo de prova do material a ser observado.


Esse corpo de prova deve ter diâmetro maior na parte mais externa, chamada de cabeça, que será fixada a máquina universal, para garantir que a ruptura do material ocorra na parte útil (região de menor diâmetro), onde efetivamente serão verificadas as propriedades do material.


A máquina aplica uma força no corpo de prova que tende a alongá-lo (tração). Um extensômetro atua durante o processo fazendo o registro do alongamento do material e uma célula de carga registra a força aplicada. A força serve para o cálculo da tensão e o alongamento para o da deformação e um gráfico TENSÃO X DEFORMAÇÃO como o da figura é gerado:


A parte reta do gráfico é o registro da deformação elástica do material, onde há deformação, mas não é permanente. Quanto mais próxima da reta horizontal (eixo da deformação), maior é essa fase e mais elasticidade tem o material. 

Essa região representada por ranhuras é o escoamento e marca o início da plasticidade e daí para a frente a deformação torna-se permanente. Quanto maior a fase plástica, maior é a plasticidade.

Do escoamento até o ponto B, tem-se o encruamento, momento em que o grãos do material estão se quebrando e gerando um aumento de dureza no material. 

O ponto B é o chamado LRT (limite de resistência à tração) e registra a maior tensão suportada pelo material. É esse ponto que nos possibilita verificar a resistência à tração, ou seja, quanto maior o LRT, maior a resistência.

Do ponto B ao C, tem-se a estricção ou empescoçamento, momento em que o material começa a diminuir sua área de secção transversal e onde o alongamento é visível. Quanto maior for essa região, maior é a ductilidade (capacidade do material reduzir sua área de secção transversal, em outras palavras, de formar fios) do material.

Finalmente, no ponto C acontece a ruptura ou quebra do material.

Quanto maior for a região elástica + plástica, maior é a tenacidade (energia absorvida até a ruptura) do material.


     Olá! Espero que o post tenha sido interessante. Qualquer dúvida, deixe um comentário. Até a próxima : )

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Paquímetro

O post de hoje é para falar sobre Paquímetro, um instrumento de medição extremamente usado na indústria mecânica. Esse instrumento serve para fazer medições lineares, ou seja, medir comprimentos, larguras, diâmetros, etc. Eles servem tanto para uso durante o processo de fabricação de uma peça, como na verificação das medidas quando do produto acabado.

Esse instrumento tem grande uso devido a alguns fatores:
  • faz medidas no sistema métrico (milímetros) e inglês (polegadas);
  • tem precisão de 0,05 a 0,02 mm no sistema métrico e 1/128 no sistema inglês;
  • faz medições externas, internas e de profundidade;
  • seu manuseio é fácil;
  • existem paquímetros mais sofisticados, como o digital, que já informa o leitura da medição para o usuário, entro outros.
O paquímetro é geralmente feito de aço e exige um certo cuidado durante e após o uso:
  • deve-se evitar bater o paquímetro em outros equipamentos ou deixar que ele caia no chão; isso pode descalibrar o paquímetro, fazendo com que ele faça as leituras erroneamente;
  • deve-se limpar o paquímetro após o uso e passar um pouco de óleo para lubrificar e evitar oxidação.
Observando a numeração na figura acima, podemos identificar as partes do paquímetro:
  1. orelha fixa
  2. orelha móvel
  3. nônio ou vernier em polegada
  4. trava ou parafuso
  5. nônio ou vernier
  6. escala fixa em polegada
  7. bico fixo
  8. encosto fixo
  9. encosto móvel
  10. bico móvel
  11. nônio ou vernier em milímetros
  12. impulsor
  13. escala fixa em milímetros
  14. haste de profundidade
A escala móvel é chamada nônio ou vernier em homenagem aos seus criadores: o português Pedro Nunes e o francês Pierre Vernier.
Como usar o paquímetro
Acima uma imagem ilustrando sete maneiras diferentes de usar o paquímetro. Exemplos de medição interna, externa e de profundidade. 

Para ser usado de forma correta, o paquímetro precisa:
  • ter seu cursor e encosto limpos, e a peça a ser medida precisa estar bem posicionada entre seus bicos;
  • não expor o instrumento a luz solar direta;
  • não desmontar o equipamento;
  • evitar choques ou movimentos bruscos;
  • evitar aperto forte dos bicos sobre o objeto que será medido.
Em um próximo post falarei mais sobre paquímetro e como fazer a leitura neles. Até mais!

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Materiais Metálicos



O primeiro post do meu blog é dedicado aos materiais mais utilizados nas indústrias mecânicas: os metais, como ouro, prata, cobre, platina, ferro, etc. Esses materiais são amplamente usados devido a sua alta resistência e, ao mesmo tempo, sua grande deformabilidade, ou seja, possuem excelente plasticidade e é possível conseguir inúmeros formatos moldando-os.

Encontramos os metais em diversos setores: na construção, instrumentos musicais, joalheria, utensílios domésticos, instrumentos hospitalares, acessórios, até nas nossas moedas!

Muitos dos metais que usamos são, na verdade, ligas metálicas (união de dois ou mais metais), como o Bronze (liga de Cobre e Estanho) e o Latão (liga de Cobre e Zinco), ou mesmo os Aços e Ferros Fundidos (ligas de Ferro com pequenas quantidades de Carbono). 

Além da resistência e plasticidade, os metais também são ótimos condutores de eletricidade e calor. O cobre, por exemplo, é usado nas linhas de transmissão de corrente elétrica que leva energia para nossas casas. 

Em sua maioria, os metais são encontrados sólidos a temperatura ambiente, com exceção do Mercúrio, que é encontrado líquido. 

Para saber os metais que existem na natureza, basta consultar uma tabela periódica. Ela é dividida em metais, semi-metais e não-metais, e os metais são a grande maioria.



Espero que tenha gostado do assunto! Até o próximo post!